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02/06/2020

Covid-19: importância do monitoramento dos sinais vitais

O Brasil chegou ao quarto lugar em mortes por covid-19, com 28.834 perdas, antecedido pela França (28.717); Itália (33.340); Reino Unido (38.458) e EUA (103.685), segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

As estatísticas refletem a letalidade do vírus, que enquanto você lê esse texto já fez novas vítimas no Brasil e no mundo.

Mas apesar da sua gravidade, algumas atitudes preventivas podem salvar muitas vidas. Uma delas é monitoramento dos sinais vitais, principalmente o nível de oxigênio no sangue, já que os sintomas respiratórios são os principais responsáveis pelos casos mais graves.

Evitar a piora do quadro e a necessidade de UTI em um momento em que faltam leitos e equipamentos e o sistema de saúde está operando no limite em todo país pode significar muito, já que cada minuto conta contra o avanço da doença.
Quer entender melhor a importância do monitoramento dos sinais vitais para prevenção e acompanhamento da covid-19? Então, não deixe de ler nosso post de hoje!

Como funciona

A verificação dos sinais vitais dos pacientes é um protocolo padrão de avaliação para qualquer caso. As principais são: medição da temperatura corporal, frequência cardíaca, pressão arterial, frequência respiratória, saturação de oxigênio sanguíneo e dor.

Esses indicadores auxiliam tanto no diagnóstico inicial, acompanhamento do quadro clínico; e a tomada de decisões sobre o tratamento, de acordo com a resposta ao mesmo.

No caso da Covid-19, o principal indicador a ser observado é o acompanhamento do índice de oxigênio no sangue.

O Ministério da Saúde estabeleceu valores normais de referência para cada um dos sinais vitais:

  • Temperatura corporal: entre 35 º C e 36º C.
  • Frequência cardíaca (pulso): entre 60 e 90 bpm.
  • Pressão arterial Sistólica: entre 100 e 140 mmHg e diastólica entre 60 e 90 mmHg.
  • Saturação de oxigênio sanguínea: cima de 96.
  • Respiração: entre 16 e 20 mrpm.
  • Dor: medida em escala entre suportável e insuportável.

Aliado da telemedicina

Com o isolamento social, a telemedicina mostrou ser uma arma importante e segura tanto para pacientes como para os médicos, sendo utilizada com sucesso em vários países. O serviço é ainda mais preciso quando é possível ter suporte de monitoramento à distância.

Atualmente há vários recursos disponíveis não só a nível médico, mas também aos usuários de uma forma geral. Ferramentas tais como:

Apple Watch– faz aferição de frequência cardíaca contínua durante o exercício.

Zio Patch– Adesivo usado próximo à área cardíaca que faz o papel de um holter 24 horas, usado para identificar tacarritmias ou bradiarritmias.

Cuco Health– Ferramenta que ajuda o paciente na adesão ao tratamento, lembrando as medicações, seus horários , fazendo a gestão do autocuidado.

Biologix– Adaptou o sistema usado para monitorar a apneia do sono para monitoramento dos níveis de oxigênio no sangue para prevenir os casos de covid-19.

“Hoje em dia com o avanço da tecnologia, vários dispositivos vem para ajudar não só a telemedicina, mas as consultas médicas, para quebrar barreiras do atendimento. Sendo assim, cuidando do paciente no período que o médico ou outro profissional de saúde não estão presentes, podendo ceder informações muito valiosas para que o médico consiga chegar ao diagnóstico e decisões mais assertivas e salvar mais vidas”, afirma o head do SAAS médico da Conexa, Miguel Barella Neto.

Inovação na pandemia

Monitorar os sinais vitais exige a orientação de um profissional de saúde. Com a regulamentação da telemedicina durante a pandemia, soluções foram criadas para dar maior precisão ao atendimento médico à distância.
Médicos passaram a contar com plataformas de monitoramento remoto, inclusive na avaliação de risco, suspeita ou modos mais brandos da doença. Uma delas é Biologix.

A startup precisou adaptar seus protocolos usados para medição do sono para covid-19, após o surgimento dessa demanda espontânea. Foram desenvolvidas duas soluções, sendo uma para ser usada em casa e a outra em hospitais.
O médico pneumologista, Geraldo Lorenzi Filho, explica como funciona. “Você baixa um aplicativo no celular, o oxímetro de alta resolução cria uma série de características e, de quatro em quatro horas toca um alarme convidando você a coloca-lo no dedo por trinta segundos”.

Ainda segundo ele os dados ficam disponíveis tanto para o médico como para o paciente. “Ficam disponíveis no celular do paciente e numa plataforma, que, eventualmente, algum médico pode remotamente acompanhar o nível de oxigênio no sangue”, completa.

No caso de hospitais, o monitoramento é mais frequente, inclusive já há duas experiências piloto com bons resultados no hospital de campanha do Pacaembu e no monitoramento de pacientes em casa, feito pela Prefeitura de São Caetano.
No caso do hospital, a medição é constante em casos menos graves que recebem oxigênio nas enfermarias. “O oxímetro fica continuamente no dedo e o monitoramento é feito a cada cinco minutos. A informação vai para a nuvem e um computador na enfermaria”, explica.

O médico explica que o dispositivo pode ser usado em vários pacientes ao mesmo tempo, sendo um celular para cada. “É uma solução barata e eficiente e você pode colocar em quantos pacientes quiser”, finaliza.

E você, já conhecia essas tecnologias de monitoramento de sinais vitais?

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